Tecnologia Científica

Cientistas de Oxford descobrem como alterar a cor e as taxas de amadurecimento dos tomates
A nova descoberta revela um importante papel regulador ou de controle para os plasta­dios no processo de amadurecimento da fruta em tomate.
Por Oxford - 18/05/2021


Amadurecimento de tomates em estufa da Plant Sciences - Crédito: Paul Jarvis

Cientistas do Departamento de Ciências Vegetais da Universidade de Oxford descobriram como o processo geral de amadurecimento da fruta no tomate (incluindomudanças de cor e amolecimento) pode ser alterado - acelerado ou desacelerado - modificando a expressão de uma única protea­na localizada em organelas subcelulares chamados de plasta­dios. Isso oferece uma nova oportunidade para o melhoramento da safra.

A produção de frutas éum processo vital para as plantas porque permite que se reproduzam e se desenvolvam. Uma estratanãgia que as plantas usam para garantir que seus frutos sejam bem-sucedidos édar-lhes uma aparaªncia colorida, de modo que sejam atraentes para os animais para a dispersão das sementes.

No tomate, o processo de amadurecimento da fruta envolvemudanças drama¡ticas em minaºsculas “organelas” dentro das células da fruta chamadas plasta­dios. Sa£o esses plasta­dios os responsa¡veis ​​por dar cor ao fruto.

"Apesar de sua importa¢ncia central na distribuição da cor dos frutos, surpreendentemente, pouco se sabia sobre como os plasta­deos participam do processo de amadurecimento".


As propriedades regulata³rias do SP1 reveladas em nosso estudo mostram que ele tem potencial real como tecnologia de melhoramento de safras.

A equipe de Oxford descobriu agora uma função na fruta para uma protea­na localizada nos plasta­dios chamada SP1 (esta protea­na SP1 controla uma via regulata³ria chamada CHLORAD, que foi descoberta pelo grupo em 2019). A nova descoberta revela um importante papel regulador ou de controle para os plasta­dios no processo de amadurecimento da fruta em tomate.

Significativamente, os resultados publicados hoje na  Nature Plants  fornecem uma base tea³rica para a modificação ou manipulação do amadurecimento de frutos carnosos como o tomate, proporcionando uma nova oportunidade para o melhoramento da cultura.

O autor correspondente, Professor Paul Jarvis, do Departamento de Ciências Vegetais de Oxford , disse: 'As propriedades regulata³rias do SP1 reveladas em nosso estudo mostram que ele tem um potencial real como tecnologia para o melhoramento de safras. Por exemplo, pode ser usado para desenvolver variedades de frutos carnosos de frutificação precoce ou tardia, ou para melhorar a transportabilidade ou a vida útil de frutos atrasando o amadurecimento sem comprometer a qualidade dos frutos maduros.

"a‰ fascinante que a quantidade de uma única protea­na nessas minaºsculas estruturas subcelulares chamadas plasta­dios possa ter consequaªncias de longo alcance para o amadurecimento da fruta no tomate."

O trabalho ébaseado na modificação da expressão do gene SP1 do tomate (bem como do gene SPL2 do tomate relacionado) em tomateiros transgaªnicos. Plantas transgaªnicas com na­veis reduzidos ou elevados de expressão de SP1 foram estudadas em detalhes, usando uma variedade de técnicas, incluindo fenotipagem, microscopia eletra´nica, análise de expressão gaªnica e metabola´mica.

 O trabalho foi financiado pelo Conselho de Pesquisa em Biotecnologia e Ciências Biola³gicas (BBSRC).

 

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