Desvendando o mistério de enormes buracos negros e quasares com simulações de supercomputador
A formaa§a£o da gala¡xia, diz Anglanãs-Alca¡zar, comea§a com um halo de matéria escura que domina a massa e o potencial gravitacional na área e comea§a a puxar gás de seus arredores.
Distribuição de gás em escalas, com a densidade do gás aumentando de roxo para amarelo. O painel superior esquerdo mostra uma grande regia£o contendo dezenas de gala¡xias (6 milhões de anos-luz de dia¢metro). Os painanãis subsequentes ampliam progressivamente a regia£o nuclear da gala¡xia mais massiva e descem atéa vizinhana§a do buraco negro supermassivo central. Aglomerados e filamentos de gás caem da borda interna da cavidade central, ocasionalmente alimentando o buraco negro. Crédito: Anglanãs-Alca¡zar et al. 2021, ApJ , 917, 53
No centro das gala¡xias, como nossa Via La¡ctea, existem enormes buracos negros cercados por gás em rotação. Alguns brilham intensamente, com um suprimento contanuo de combustavel, enquanto outros ficam adormecidos por milhões de anos, apenas para despertar novamente com um influxo fortuito de gás. Permanece um grande mistério como o gás flui pelo universo para alimentar esses enormes buracos negros.
O professor assistente de física da UConn Daniel Anglanãs-Alca¡zar, autor principal de um artigo publicado hoje no The Astrophysical Journal , aborda algumas das questões que cercam essas caracteristicas massivas e enigma¡ticas do universo usando novas simulações de alta potaªncia.
“Os buracos negros supermassivos desempenham um papel fundamental na evolução das gala¡xias e estamos tentando entender como eles crescem nos centros das gala¡xiasâ€, diz Anglanãs-Alca¡zar. "Isso émuito importante não apenas porque os buracos negros são objetos muito interessantes por si são, como fontes de ondas gravitacionais e todos os tipos de coisas interessantes, mas também porque precisamos entender o que os buracos negros centrais estãofazendo se quisermos entender como as gala¡xias evoluem. "
Anglanãs-Alca¡zar, que também éPesquisador Cientista Associado do Flatiron Institute Center for Computational Astrophysics, diz que o desafio de responder a essas perguntas tem sido a criação de modelos poderosos o suficiente para explicar as inaºmeras forças e fatores que atuam no processo. Trabalhos anteriores analisaram escalas muito grandes ou muito pequenas, "mas tem sido um desafio estudar toda a gama de escalas conectadas simultaneamente."
A formação da gala¡xia, diz Anglanãs-Alca¡zar, comea§a com um halo de matéria escura que domina a massa e o potencial gravitacional na área e comea§a a puxar gás de seus arredores. Estrelas se formam a partir do gás denso, mas parte dele deve atingir o centro da gala¡xia para alimentar o buraco negro. Como todo esse gás chega la¡? Para alguns buracos negros, isso envolve grandes quantidades de gás, o equivalente a dez vezes a massa do sol ou mais engolido em apenas um ano, diz Anglanãs-Alca¡zar.
“Quando os buracos negros supermassivos estãocrescendo muito rápido, nosos chamamos de quasaresâ€, diz ele. “Eles podem ter uma massa bem superior a um bilha£o de vezes a massa do Sol e ofuscar tudo na gala¡xia. A aparaªncia dos quasares depende de quanto gás eles adicionam por unidade de tempo. para o centro da gala¡xia e perto o suficiente para que o buraco negro possa agarra¡-lo e crescer a partir daa? "
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As novas simulações fornecem informações importantes sobre a natureza dos quasares, mostrando que fortes forças gravitacionais das estrelas podem torcer e desestabilizar o gás atravanãs das escalas e conduzir o influxo de gás suficiente para alimentar um quasar luminoso na anãpoca de pico de atividade da gala¡xia.
Ao visualizar essa sanãrie de eventos, éfa¡cil ver a complexidade de modela¡-los, e Anglanãs-Alca¡zar diz que énecessa¡rio levar em conta a miraade de componentes que influenciam a evolução do buraco negro.
"Nossas simulações incorporam muitos dos principais processos fasicos, por exemplo, a hidrodina¢mica do gás e como ele evolui sob a influaªncia das forças de pressão, gravidade e feedback de estrelas massivas. Eventos poderosos, como supernovas injetam muita energia nos arredores meio e isso influencia como a gala¡xia evolui, por isso precisamos incorporar todos esses detalhes e processos fasicos para capturar uma imagem precisa. "
Com base no trabalho anterior do projeto FIRE ("Feedback In Realistic Environments"), Anglanãs-Alca¡zar explica a nova técnica descrita no artigo que aumenta muito a resolução do modelo e permite seguir o gás que flui atravanãs da gala¡xia com mais de mil vezes melhor resolução do que anteriormente possível,
“Outros modelos podem dar muitos detalhes sobre o que estãoacontecendo muito perto do buraco negro, mas eles não contem informações sobre o que o resto da gala¡xia estãofazendo, ou menos ainda, o que o ambiente ao redor da gala¡xia estãofazendo. Acontece que émuito importante conectar todos esses processos ao mesmo tempo, éaqui que entra este novo estudo. "
O poder de computação éigualmente massivo, afirma Anglanãs-Alca¡zar, com centenas de unidades de processamento central (CPUs) funcionando em paralelo que poderiam facilmente levar a duração de milhões de horas de CPU.
"Esta éa primeira vez que conseguimos criar uma simulação que pode capturar toda a gama de escalas em um aºnico modelo e onde podemos observar como o gás estãofluindo de escalas muito grandes atéo centro do gala¡xia massiva em que estamos nos concentrando. "
Para estudos futuros de grandes populações estatasticas de gala¡xias e buracos negros massivos , precisamos entender o quadro completo e os mecanismos fasicos dominantes para o maior número possível de condições diferentes, diz Anglanãs-Alca¡zar.
"Isso éalgo que definitivamente nos entusiasma. Este éapenas o começo da exploração de todos esses diferentes processos que explicam como os buracos negros podem se formar e crescer sob diferentes regimes."