Tecnologia Científica

Ondas de ra¡dio nunca antes vistas detectadas em estrelas próximas e gala¡xias distantes
A Grande Nuvem de Magalha£es éuma gala¡xia que faz fronteira com a nossa, a Via La¡ctea, e éconhecida como uma gala¡xia espiral anãsatanãlite. Esta¡ a cerca de 158.200 anos-luz de distância da Terra e éo lar de dezenas de milhões de estrelas
Por Universidade Keele - 19/08/2021


Crédito: Keele University

Os cientistas mediram milhares de estrelas próximas e gala¡xias distantes que nunca foram identificadas antes em comprimentos de onda de ra¡dio, enquanto estudavam um corpo gala¡ctico que faz fronteira com nossa própria gala¡xia, a Via La¡ctea - a Grande Nuvem de Magalha£es.

Liderado pela Keele University Ph.D. estudante Clara M. Pennock e Reader in Astrophysics, Dr. Jacco van Loon, a equipe internacional de pesquisadores usou o telesca³pio Australian Square Kilometer Array Pathfinder (ASKAP) para "fotografar" a nuvem em comprimentos de onda de ra¡dio e estudar as estruturas estelares dentro, tomando alguns das imagens de ra¡dio mais na­tidas da nuvem já registradas.

A Grande Nuvem de Magalha£es éuma gala¡xia que faz fronteira com a nossa, a Via La¡ctea, e éconhecida como uma gala¡xia espiral anãsatanãlite. Esta¡ a cerca de 158.200 anos-luz de distância da Terra e éo lar de dezenas de milhões de estrelas.

Devido a  sua proximidade com a Via La¡ctea, éum excelente referencial para pesquisadores que estudam questões fundamentais, como a forma como as estrelas se formam e como as gala¡xias são estruturadas.

Os pesquisadores não apenas obtiveram as imagens de ra¡dio mais na­tidas da nuvem já registradas, mas durante sua análise eles também estudaram as próprias estrelas que formam a estrutura da nuvem, incluindo a Nebulosa da Tara¢ntula, a regia£o de formação estelar mais ativa do Grupo Local. Além disso, a emissão de ra¡dio recanãm-detectada também foi estudada em gala¡xias distantes no fundo, bem como estrelas no primeiro plano de nossa Via La¡ctea.

Este estudo, publicado nos Avisos Mensais da Royal Astronomical Society , faz parte do Projeto Cienta­fico do Mapa Evoluciona¡rio do Universo (EMU), que observara¡ todo o canãu meridional e devera¡ detectar cerca de 40 milhões de gala¡xias. Os dados sera£o usados ​​para dar aos pesquisadores uma imagem mais clara de como as gala¡xias e suas estrelas evolua­ram ao longo do tempo.

A autora principal Clara Pennock, da Universidade Keele, disse: "A nova imagem na­tida esensívelrevela milhares de fontes de ra¡dio que nunca vimos antes. A maioria delas são gala¡xias milhões ou atébilhaµes de anos-luz além da Grande Nuvem de Magalha£es. Normalmente vemos por causa dos buracos negros supermassivos em seus centros, que podem ser detectados em todos os comprimentos de onda, especialmente no ra¡dio. Mas agora também comea§amos a encontrar muitas gala¡xias nas quais estrelas estãose formando a uma taxa tremenda. Combinando esses dados com observações anteriores de raios-X, telesca³pios a³pticos e infravermelhos nos permitira£o explorar essas gala¡xias com detalhes extraordina¡rios. "
 
Dr. Jacco van Loon, leitor de astrofa­sica na Keele University, disse: "Com tantas estrelas e nebulosas juntas, o aumento da nitidez da imagem foi fundamental para a descoberta de estrelas emissoras de ra¡dio e nebulosas compactas no LMC. Vemos todos os tipos de fontes de ra¡dio, de estrelas incipientes individuais a nebulosas planeta¡rias que resultam da morte de estrelas como o Sol. "

O coautor Professor Andrew Hopkins, da Macquarie University em Sydney, Austra¡lia, e lider da pesquisa da EMU, acrescentou: "a‰ gratificante ver esses resultados empolgantes provenientes das primeiras observações da EMU. EMU éum projeto incrivelmente ambicioso com objetivos cienta­ficos que variam desde a compreensão da evolução de estrelas e gala¡xias a medições cosmola³gicas de matéria escura e energia escura e muito mais. As descobertas deste trabalho inicial demonstram o poder do telesca³pio ASKAP para fornecer imagens sensa­veis em grandes áreas do canãu, oferecendo um vislumbre tentador do que A pesquisa completa da EMU pode revelar. Esta investigação foi fundamental para nos permitir elaborar a pesquisa principal, que esperamos comea§ar no ini­cio de 2022. "

ASKAP épropriedade da Organização de Pesquisa Cienta­fica e Industrial da Commonwealth (CSIRO). ASKAP éum conjunto de 36 antenas paraba³licas com uma separação maior de seis quila´metros, que quando combinadas agem como um telesca³pio com cerca de 4.000 metros quadrados de tamanho.

O ASKAP emprega uma nova técnica chamada phased array feed (PAF), e cada uma das 36 antenas tem um PAF que permite ao telesca³pio olhar para o canãu em 36 direções ao mesmo tempo, aumentando a quantidade de canãu que pode ser observada de uma vez para 30 graus quadrados no canãu e, portanto, aumentando a velocidade de pesquisa.

O ASKAP éum precursor do SKA, o maior radiotelesca³pio do mundo, que atualmente estãosendo construa­do na áfrica do Sul e na Austra¡lia, e estãosediada no Jodrell Bank Observatory perto de Manchester, no Reino Unido.

 

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