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Como a formação de estrelas polui o cosmos
O processo de inundaa§a£o de a¡tomos nas gala¡xias - conhecido como 'acrea§a£o' - e sua eventual expulsão - conhecido como 'fluxos de saa­da' - éum mecanismo importante que rege o crescimento, a massa e o tamanho das gala¡xias.
Por ARC Center of Excellence for All Sky Astrophysics in 3D (ASTRO 3D) - 31/08/2021


Gala¡xias bombeiam gases contaminados. Crédito: James Josephides, Swinburne Astronomical Productions

As gala¡xias poluem o ambiente em que existem, descobriram os pesquisadores.

Uma equipe de astrônomos liderados por Alex Cameron e Deanne Fisher do ARC Center of Excellence for All Sky Astrophysics in 3 Dimensions (ASTRO 3D) usou um novo sistema de imagem no Observatório WM Keck no Havaa­ para confirmar que o que flui para uma gala¡xia émuito mais limpo do que o que flui.

A pesquisa foi publicada hoje no The Astrophysical Journal .

"Enormes nuvens de gás são puxadas para dentro das gala¡xias e usadas no processo de formação de estrelas ", disse a coautora Deanne Fisher, professora associada do Centro de Astrofísica e Supercomputação da Swinburne University, na Austra¡lia.

"Em seu caminho, ele éfeito de hidrogaªnio e hanãlio. Usando um novo equipamento chamado Keck Cosmic Web Imager, pudemos confirmar que estrelas feitas desse gás fresco eventualmente expulsam uma grande quantidade de material do sistema, principalmente por meio de supernovas.

"Mas esse material não émais bom e limpo - ele contanãm muitos outros elementos, incluindo oxigaªnio, carbono e ferro."

O processo de inundação de a¡tomos nas gala¡xias - conhecido como 'acreção' - e sua eventual expulsão - conhecido como 'fluxos de saa­da' - éum mecanismo importante que rege o crescimento, a massa e o tamanho das gala¡xias.

Atéagora, no entanto, a composição dos fluxos de entrada e saa­da são podia ser imaginada. Esta pesquisa éa primeira vez que o ciclo completo foi confirmado em uma gala¡xia diferente da Via La¡ctea.

Para fazer suas descobertas, os pesquisadores se concentraram em uma gala¡xia chamada Mrk 1486, que fica a cerca de 500 milhões de anos-luz do Sol e estãopassando por um período de formação estelar muito rápida.

"Descobrimos que háuma estrutura muito clara para a forma como os gases entram e saem", explicou o Dr. Alex Cameron, que recentemente se mudou da University of Melbourne, na Austra¡lia, para a University of Oxford do Reino Unido.

"Imagine que a gala¡xia éum disco voador. O gás entra relativamente não polua­do do cosmos externo, ao redor do pera­metro, e então se condensa para formar novas estrelas. Quando essas estrelas explodem mais tarde, elas expulsam outro gás - agora contendo esses outros elementos - atravanãs a parte superior e a inferior. "
 
Os elementos - compreendendo mais da metade da Tabela Peria³dica - são forjados nas profundezas dos núcleos das estrelas por meio da fusão nuclear. Quando as estrelas entram em colapso ou se transformam em nova, os resultados são catapultados para o Universo - onde fazem parte da matriz da qual emergem estrelas, planetas, astera³ides e, pelo menos em um caso, vida nova.

Mrk 1486 era o candidato perfeito para observação porque fica "de ponta-cabea§a" em relação a  Terra, o que significa que o gás que flui pode ser facilmente visualizado e sua composição medida. A maioria das gala¡xias fica em a¢ngulos estranhos para esse tipo de pesquisa.

"Este trabalho éimportante para os astrônomos porque, pela primeira vez, fomos capazes de colocar limites nas forças que influenciam fortemente como as gala¡xias fazem estrelas", acrescentou o professor Fisher.

"Isso nos leva um passo mais perto de entender como e por que as gala¡xias se parecem com o que são - e quanto tempo ira£o durar."

Outros cientistas que contribuem para o trabalho estãobaseados na Universidade do Texas em Austin, na Universidade de Maryland em College Park e na Universidade da Califórnia em San Diego - todas nos Estados Unidos - além da Universidad de Concepcion no Chile.

 

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