Tecnologia Científica

DNA deixado para trás sem um toque
Os autores da pesquisa dizem que os avanços na ciência forense tem visto perfis de DNA capazes de ser gerados a partir de amostras muito limitadas.
Por Flinders University - 07/09/2021


Crédito: Pixabay 

Uma pessoa pode deixar o DNA em umasuperfÍcie sem toca¡-lo diretamente, concluiu um estudo da Flinders University, quanto mais tempo alguém passa em uma sala, maior éa probabilidade de deixar um rastro de si mesmo.

Publicado recentemente na revista Forensic Science International: Genetics e liderado por Lucas Puliatti, um graduado com honras da Flinders University, o estudo analisou quanto DNA foi depositado por pessoas em diferentes distâncias e períodos de tempo.

As placas de coleta de DNA foram colocadas em torno das mesas dos indiva­duos, espaa§adas entre 0,5 a 5 metros, e deixadas por um dia a seis semanas antes de serem esfregadas e perfiladas.

Sem que ninguanãm tocasse diretamente as placas de coleta, o DNA de várias pessoas estava presente depois de apenas um dia, com os perfis de DNA mais fortes quanto mais próximas as placas estavam de um indiva­duo e por mais tempo elas permaneceram de fora.

Os coautores, Dra. Oliva Handt, da Forensic Science SA, e Duncan Taylor, da Flinders University's College of Science and Engineering e Forensic Science SA, dizem que os avanços na ciência forense tem visto perfis de DNA capazes de ser gerados a partir de amostras muito limitadas.

“Isso levanta a questãode como o DNA das pessoas pode acabar emsuperfÍcies especa­ficas, uma questãoque temos que entender se as evidaªncias de DNA sera£o aºteis para a investigação policial ou para os tribunais que deliberam sobre um crime”, disse o Dr. Taylor.

"Uma pessoa pode ter depositado seu DNA ao tocar em algo, mas nossa pesquisa mostra que também pode ter sido depositado por essa pessoa simplesmente por estar nas proximidades."

Os resultados mostraram que a distância e o tempo eram os fatores-chave na quantidade de DNA prova¡vel de ser encontrada.

As placas de coleta que ficavam a dois metros das mesas de escrita³rio coletavam a maior parte do DNA, enquanto aquelas além dos quatro metros eram muito improva¡veis ​​de coletar qualquer DNA.

Em termos de tempo, o estudo mostrou que quanto mais tempo uma pessoa fica nas proximidades de umasuperfÍcie, mais prova¡vel éque seu DNA seja detectado, com a quantidade de DNA depositada também aumentando com o tempo.

Os autores afirmam que, além de ajudar a entender como o DNA pode se tornar presente durante um crime, o estudo mostra a importa¢ncia de evitar a contaminação cruzada.

“Nãoépreciso muito para deixar seu DNA para trás, e este estudo mostra a importa¢ncia de todos os equipamentos de proteção individual adequados, como máscaras e luvas, que são usados ​​em laboratórios forenses”, diz o Dr. Taylor.

"Onívelde DNA que um indiva­duo transfere para itens intocados em seu entorno imediato", de Lucas Puliatti, Oliva Handt e Duncan Taylor, foi publicado na revista Forensic Science International: Genetics .

 

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