Um sistema universal para decodificar qualquer tipo de dados enviados atravanãs de uma rede
O novo chip elimina a necessidade de hardware de decodificaça£o especafico, pode aumentar a eficiência dos sistemas de jogos, redes 5G, a Internet das coisas e muito mais.

Um novo chip de silacio pode decodificar qualquer ca³digo de correção de erros por meio do uso de um novo algoritmo conhecido como Decodificação de Ruado Aditivo Aleata³rio de Adivinhação (GRAND). Créditos: Imagem: Jose-Luis Olivares, MIT, com chip cortesia dos pesquisadores
Cada pedaço de dados que viaja pela Internet - de para¡grafos em um e-mail a gra¡ficos 3D em um ambiente de realidade virtual - pode ser alterado pelo ruado que encontra ao longo do caminho, como interferaªncia eletromagnanãtica de um micro-ondas ou dispositivo Bluetooth. Os dados são codificados de forma que, ao chegarem ao destino, um algoritmo de decodificação possa desfazer os efeitos negativos daquele ruado e recuperar os dados originais.
Desde a década de 1950, a maioria dos ca³digos de correção de erros e algoritmos de decodificação foram projetados juntos. Cada ca³digo tinha uma estrutura que correspondia a um algoritmo de decodificação especafico e altamente complexo, que frequentemente exigia o uso de hardware dedicado.
Pesquisadores do MIT, da Boston University e da Maynooth University na Irlanda criaram agora o primeiro chip de silacio capaz de decodificar qualquer ca³digo, independentemente de sua estrutura, com a máxima precisão, usando um algoritmo de decodificação universal chamado Guessing Random Additive Noise Decoding (GRAND) . Ao eliminar a necessidade de maºltiplos decodificadores computacionalmente complexos, GRAND permite maior eficiência que poderia ter aplicativos em realidade aumentada e virtual, jogos, redes 5G e dispositivos conectados que dependem do processamento de um grande volume de dados com o manimo de atraso.
A pesquisa no MIT éliderada por Muriel Manãdard, o Cecil H. e Ida Green Professor no Departamento de Engenharia Elanãtrica e Ciência da Computação, e foi co-autoria por Amit Solomon e Wei Ann, ambos estudantes de graduação no MIT; Rabia Tugce Yazicigil, professora assistente de engenharia elanãtrica e de computação na Universidade de Boston; Arslan Riaz e Vaibhav Bansal, ambos estudantes de graduação na Boston University; Ken R. Duffy, diretor do Hamilton Institute da National University of Ireland em Maynooth; e Kevin Galligan, um estudante de graduação da Maynooth. A pesquisa seráapresentada no European Solid-States Device Research and Circuits Conference, na próxima semana.
Foco no ruado
Uma maneira de pensar nesses ca³digos écomo hashes redundantes (neste caso, uma sanãrie de 1s e 0s) adicionados ao final dos dados originais. As regras para a criação desse hash são armazenadas em um livro de ca³digo especafico.
Conforme os dados codificados viajam por uma rede, eles são afetados por ruado ou energia que interrompe o sinal, que geralmente égerado por outros dispositivos eletra´nicos. Quando os dados codificados e o ruado que os afetou chegam ao destino, o algoritmo de decodificação consulta seu livro de ca³digos e usa a estrutura do hash para adivinhar quais são as informações armazenadas.
Em vez disso, GRAND trabalha adivinhando o ruado que afetou a mensagem e usa o padrãode ruado para deduzir a informação original. GRAND gera uma sanãrie de sequaªncias de ruado na ordem em que éprova¡vel que ocorram, subtrai-as dos dados recebidos e verifica se a palavra-ca³digo resultante estãoem um livro de ca³digo.
Embora o ruado parea§a de natureza aleata³ria, ele tem uma estrutura probabilastica que permite ao algoritmo adivinhar o que pode ser.
“De certa forma, ésemelhante a solução de problemas. Se alguém traz o carro para a oficina, o meca¢nico não comea§a mapeando o carro inteiro de acordo com as plantas. Em vez disso, eles comea§am perguntando: 'Qual éa coisa mais prova¡vel de dar errado?' Talvez são precise de gás. Se isso não funcionar, o que vem a seguir? Sera¡ que a bateria acabou? †Manãdard diz.
Hardware novo
O chip GRAND usa uma estrutura de três camadas, comea§ando com as soluções mais simples possaveis no primeiro esta¡gio e indo atépadraµes de ruado mais longos e complexos nos dois esta¡gios subsequentes. Cada esta¡gio opera de forma independente, o que aumenta o rendimento do sistema e economiza energia.
O dispositivo também foi projetado para alternar perfeitamente entre dois livros de ca³digo. Ele contanãm dois chips de memória de acesso aleata³rio esta¡tico, um que pode quebrar palavras de ca³digo, enquanto o outro carrega um novo livro de ca³digo e, em seguida, muda para a decodificação sem qualquer tempo de inatividade.
Os pesquisadores testaram o chip GRAND e descobriram que ele poderia decodificar com eficácia qualquer ca³digo de redunda¢ncia moderada de até128 bits de comprimento, com apenas cerca de um microssegundo de lataªncia.
Manãdard e seus colaboradores já haviam demonstrado o sucesso do algoritmo, mas este novo trabalho mostra a eficácia e eficiência do GRAND em hardware pela primeira vez.
O desenvolvimento de hardware para o novo algoritmo de decodificação exigiu que os pesquisadores primeiro jogassem de lado suas noções preconcebidas, diz Manãdard.
“Nãopodaamos sair e reaproveitar coisas que já haviam sido feitas. Era como um quadro branco completo. Tivemos que realmente pensar em cada componente a partir do zero. Foi uma jornada de reconsideração. E eu acho que quando fizermos nosso pra³ximo chip, havera¡ coisas com esse primeiro chip que perceberemos que fizemos por ha¡bito ou suposição de que podemos fazer melhor â€, diz ela.
Um chip para o futuro
Visto que GRAND são usa livros de ca³digo para verificação, o chip não são funciona com ca³digos legados, mas também pode ser usado com ca³digos que ainda não foram introduzidos.
Antes da implementação do 5G, os reguladores e as empresas de comunicação lutaram para encontrar um consenso sobre quais ca³digos deveriam ser usados ​​na nova rede. Em última análise, os reguladores optaram por usar dois tipos de ca³digos tradicionais para infraestrutura 5G em diferentes situações. Usar o GRAND pode eliminar a necessidade dessa padronização ragida no futuro, diz Manãdard.
O chip GRAND pode atéabrir o campo da codificação para uma onda de inovação.
“Por motivos que não tenho certeza, as pessoas abordam a codificação com admiração, como se fosse magia negra. O processo ématematicamente desagrada¡vel, então as pessoas apenas usam ca³digos que já existem. Espero que isso reformule a discussão para que não seja tão orientada a padraµes, permitindo que as pessoas usem ca³digos já existentes e criem novos ca³digos â€, diz ela.
Seguindo em frente, Manãdard e seus colaboradores planejam resolver o problema de detecção de software com uma versão reformulada do chip GRAND. Na detecção suave, os dados recebidos são menos precisos.
Eles também planejam testar a capacidade do GRAND de quebrar ca³digos mais longos e complexos e ajustar a estrutura do chip de silacio para melhorar sua eficiência energanãtica.
A pesquisa foi financiada pelo Battelle Memorial Institute e pela Science Foundation of Ireland.