Tecnologia Científica

'Ouria§os' magnanãticos podem armazenar grandes volumes de dados em um espaço pequeno
Em um estudo publicado hoje na revista Science , pesquisadores da The Ohio State University usaram um microsca³pio magnético para visualizar os padraµes, formados em filmes finos de um material magnético incomum, o germanide de manganaªs.
Por Laura Arenschield - 17/12/2021


Doma­nio paºblico

Um novo estudo sugere que os padraµes magnanãticos em escala atômica que lembram as pontas de um ouria§o podem resultar em discos ra­gidos com capacidades muito maiores do que os dispositivos atuais. A descoberta pode ajudar os data centers a acompanhar a demanda exponencialmente crescente por va­deo e armazenamento de dados em nuvem.

Em um estudo publicado hoje na revista Science , pesquisadores da The Ohio State University usaram um microsca³pio magnético para visualizar os padraµes, formados em filmes finos de um material magnético incomum, o germanide de manganaªs. Ao contra¡rio de a­ma£s familiares como o ferro, o magnetismo neste material segue hanãlices, semelhante a  estrutura do DNA. Isso leva a um novo zoola³gico de padraµes magnanãticos com nomes como ouria§os, anti-ouria§os, skyrmions e merons que podem ser muito menores do que os bits magnanãticos de hoje.

"Esses novos padraµes magnanãticos podem ser usados ​​para armazenamento de dados de próxima geração ", disse Jay Gupta, autor saªnior do estudo e professor de física no estado de Ohio. "A densidade de armazenamento em discos ra­gidos estãose aproximando de seus limites, relacionados ao quanto pequenos vocêpode fazer os bits magnanãticos que permitem esse armazenamento. E isso nos motivou a procurar novos materiais, onde podemos ser capazes de fazer os bits magnanãticos muito menor."

Para visualizar os padraµes magnanãticos, Gupta e sua equipe usaram um microsca³pio de tunelamento em seu laboratório, modificado com pontas especiais. Este microsca³pio fornece imagens dos padraµes magnanãticos com resolução atômica. Suas imagens revelaram que, em certas partes da amostra, o magnetismo nasuperfÍcie foi torcido em um padrãoque lembra as pontas de um ouria§o. No entanto, neste caso, o "corpo" do ouria§o tem apenas 10 nana´metros de largura, que émuito menor do que os bits magnanãticos de hoje (cerca de 50 nana´metros), e quase impossí­vel de visualizar. Em comparação, um aºnico fio de cabelo humano tem cerca de 80.000 nana´metros de espessura.

A equipe de pesquisa também descobriu que os padraµes do ouria§o podem ser alterados nasuperfÍcie com correntes elanãtricas ou invertidos com campos magnanãticos. Isso prenuncia a leitura e gravação de dados magnanãticos, potencialmente usando muito menos energia do que atualmente épossí­vel.

"Ha¡ um potencial enorme para esses padraµes magnanãticos permitirem que o armazenamento de dados seja mais eficiente em termos de energia", disse Gupta, embora ele avise que hámais pesquisas a serem feitas antes que o material possa ser usado em um local de armazenamento de dados. "Ainda temos uma grande quantidade de ciência fundamental para fazer sobre a compreensão desses padraµes magnanãticos e melhorar a forma como os controlamos. Mas este éum passo muito emocionante."

 

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