Uma vez que o objeto estãoligeiramente acima da Via La¡ctea, a nebulosa foi capaz de se desenvolver sem ser perturbada por outras nuvens no gás circundante

Imagem descoberta da nebulosa. Para esta imagem, 120 exposições individuais tiveram que ser combinadas para obter um tempo total de exposição de 20 horas. As imagens foram tiradas ao longo de vários meses do Brasil. Crédito: Maicon Germiniani
Pela primeira vez, os cientistasâ - comea§ando por uma descoberta por amadores cientaficosâ - conseguiram confirmar as evidaªncias de uma casca totalmente desenvolvida de um sistema de envelope comum (CE), a fase do envelope comum de um sistema estelar bina¡rio.
"Perto do fim de suas vidas, as estrelas normais se tornam estrelas gigantes vermelhas. Como uma grande fração das estrelas estãoem estrelas bina¡rias, isso afeta a evolução no final de suas vidas. Em sistemas binários pra³ximos, a parte externa infla¡vel de um estrela se funde como um envelope comum em torno de ambas as estrelas. No entanto, dentro desse envelope de gás, os núcleos das duas estrelas estãopraticamente intactos e seguem sua evolução como estrelas únicas independentes ", explica o astrofisico Stefan Kimeswenger, da Universidade de Innsbruck. Os pesquisadores já publicaram seus resultados na revista Astronomy & Astrophysics .
Descoberta graças aos astrônomos amadores
Muitos sistemas estelares são conhecidos por serem remanescentes de tal evolução. Suas propriedades químicas e físicas funcionam como uma impressão digital. Além disso, sistemas estelares que estãoprestes a desenvolver um envelope comum já foram descobertos devido ao seu alto brilho especafico. No entanto, o envelope totalmente desenvolvido de um CE e sua ejeção no espaço interestelar não foram observados desta forma atéagora.
“Esses envelopes são de grande importa¢ncia para nosso entendimento da evolução das estrelas em sua fase final. Além disso, eles nos ajudam a entender como eles enriquecem o espaço interestelar com elementos pesados, que por sua vez são importantes para a evolução dos sistemas planetarios, como a nossa ", explica Kimeswenger, sobre a importa¢ncia das nebulosas gala¡cticas recanãm-descobertas. Ele acrescenta uma explicação de por que a probabilidade de sua descoberta ébaixa: "Eles são grandes demais para o campo de visão dos telesca³pios modernos e, ao mesmo tempo, são muito fracos. Além disso, sua vida útil ébastante curta, pelo menos quando considerada em escalas de tempo ca³smicas. Sa£o apenas algumas centenas de milhares de anos. "
O ponto de partida para esta descoberta única éum grupo de astrônomos amadores franco-alema£es: com um trabalho meticuloso, eles pesquisaram imagens celestiais hista³ricas em busca de objetos desconhecidos nos arquivos agora digitalizados e, finalmente, encontraram um fragmento de uma nebulosa em placas fotogra¡ficas da década de 1980.
Cooperação internacional resolve quebra-cabea§as
Com a sua descoberta, o grupo contactou especialistas cientaficos internacionais, incluindo o Departamento de Astro e Fasica de Partículas da Universidade de Innsbruck, que tem experiência nesta área. Ao compilar e combinar observações dos últimos 20 anos, provenientes de arquivos paºblicos de vários telesca³pios e com dados de quatro satanãlites espaciais diferentes, os pesquisadores em Innsbruck puderam descartar sua primeira suposição, ou seja, a descoberta de uma nebulosa planeta¡ria causada pelo vestagios de estrelas moribundas. A enorme extensão da nebulosa finalmente se tornou aparente com a ajuda de medições feitas por telesca³pios no Chile. Cientistas nos Estados Unidos finalmente concluaram essas observações com espectra³grafos. "O dia¢metro da nuvem principal tem 15,6 anos-luz de dia¢metro, quase 1 milha£o de vezes maior do que a distância da Terra ao sol e muito maior do que a distância do nosso sol a estrela vizinha mais próxima. Além disso, fragmentos de até39 anos-luz de distância também foram encontrados. Uma vez que o objeto estãoligeiramente acima da Via La¡ctea, a nebulosa foi capaz de se desenvolver sem ser perturbada por outras nuvens no gás circundante ", disse Kimeswenger sobre a descoberta.
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Modelo da nova classe de nebulosas gala¡cticas
Ao combinar todas essas informações, os pesquisadores conseguiram criar um modelo do objeto. Ele consiste em um sistema bina¡rio pra³ximo de uma estrela anãbranca de 66.500 graus e uma estrela normal com uma massa ligeiramente abaixo da do sol. Ambos orbitam um ao outro em apenas 8 horas e 2 minutos e a uma distância de apenas 2,2 raios solares. Devido a pequena distância, a estrela companheira, com uma temperatura de apenas cerca de 4.700 graus, éfortemente aquecida no lado voltado para a anãbranca, o que leva a fena´menos extremos no espectro da estrela e a variações muito regulares de brilho. Em torno de ambas as estrelasha¡ um envelope gigantesco consistindo do material externo da anãbranca. Com pouco mais de uma massa solar, este material émais pesado que a anãbranca e sua estrela companheira e foi ejetado para o espaço hácerca de 500.000 anos.
Outra parte do quebra-cabea§a relacionada a descoberta da nova classe de nebulosas gala¡cticas ainda não foi resolvida, Stefan Kimeswenger diz: "a‰ atépossível que este sistema esteja relacionado a uma observação de nova feita por astrônomos coreanos e chineses em 1086. de qualquer forma, as posições das observações hista³ricas combinam muito bem com as de nosso objeto descrito aqui. "