Pesquisadores criam dispositivo molecular que pode gravar e alterar campos bioelanãtricos das células sem causar danos
Agora, pela primeira vez, pesquisadores da Escola de Engenharia USC Viterbi criaram um dispositivo molecular que pode fazer as duas coisas: registrar e manipular seu campo bioelanãtrico circundante.

Um desenho conceitual do novo dispositivo molecular. Para experimentos fora do corpo humano (in vitro), o dispositivo se aninharia na membrana da canãlula: uma molanãcula “repa³rter†detectaria o campo elanãtrico local quando ativada pela luz vermelha; uma molanãcula “modificadora†anexada alteraria esse campo elanãtrico quando ativada pela luz azul. Crédito: Katya Kadyshevskaya, USC
A bioeletricidade, a corrente que flui entre nossas células, éfundamental para nossa capacidade de pensar, falar e andar.
Além disso, háum crescente corpo de evidaªncias de que registrar e alterar os campos bioelanãtricos de células e tecidos desempenha um papel vital na cicatrização de feridas e atémesmo no combate a doenças como câncer e doenças cardaacas.
Agora, pela primeira vez, pesquisadores da Escola de Engenharia USC Viterbi criaram um dispositivo molecular que pode fazer as duas coisas: registrar e manipular seu campo bioelanãtrico circundante.
O dispositivo em forma de tria¢ngulo éfeito de duas moléculas pequenas e conectadas osmuito menores que um varus e semelhantes ao dia¢metro de uma fita de DNA.
a‰ um material completamente novo para "ler e escrever" o campo elanãtrico sem danificar células e tecidos pra³ximos. Cada uma das duas molanãculas, ligadas por uma pequena cadeia de a¡tomos de carbono, tem sua própria função separada: uma molanãcula atua como um "sensor" ou detector que mede o campo elanãtrico local quando acionado pela luz vermelha; uma segunda molanãcula, "o modificador", gera elanãtrons adicionais quando exposta a luz azul. Notavelmente, cada função écontrolada independentemente por diferentes comprimentos de onda de luz.
Embora não seja destinado ao uso em humanos, o dispositivo orga¢nico ficaria parcialmente dentro e fora da membrana da canãlula para experimentos in vitro.
O trabalho, publicado no Journal of Materials Chemistry C , foi liderado pelos professores da USC Viterbi Andrea Armani e Rehan Kapadia. Os principais autores incluem Yingmu Zhang, pesquisador de pa³s-doutorado no Departamento de Engenharia Química e Ciência dos Materiais de Mork; e Jinghan He, um Ph.D. candidato no Departamento de Química da USC. Os coautores incluem Patrick Saris, pesquisador de pa³s-doutorado USC Viterbi; e Hyun Uk Chae e Subrata Das, Ph.D. candidatos no Departamento de Engenharia Elanãtrica e de Computação Ming Hsieh. O Armani Lab foi responsável por criar a nova molanãcula orga¢nica, enquanto o Kapadia Lab desempenhou um papel fundamental em testar a eficiência com que o "modificador" gerava eletricidade quando ativado pela luz.
Como a molanãcula repa³rter pode se inserir no tecido, ela tem a possibilidade de medir campos elanãtricos de forma não invasiva, fornecendo imagens ultrarrápidas, 3D e de alta resolução de redes neurais. Isso pode desempenhar um papel crucial para outros pesquisadores testando os efeitos de novas drogas oumudanças em condições como pressão e oxigaªnio. Ao contra¡rio de muitas outras ferramentas anteriores, ele fara¡ isso sem danificar células ou tecidos sauda¡veis ou exigir manipulação genanãtica do sistema.
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"Este agente de imagem multifuncional já écompatavel com os microsca³pios existentes", disse Armani, presidente da Ray Irani em Engenharia Química e Ciência de Materiais, "portanto, permitira¡ que uma ampla gama de pesquisadores - da biologia a Neurociênciae a fisiologia - perguntem a novos tipos de perguntas sobre sistemas biola³gicos e suas respostas a diferentes estamulos: Drogas e fatores ambientais. As novas fronteiras são infinitas."
Além disso, a molanãcula modificadora, alterando o campo elanãtrico das células próximas , pode danificar com precisão um aºnico ponto, permitindo que futuros pesquisadores determinem os efeitos em cascata em, digamos, uma rede inteira de células cerebrais ou células cardaacas.
"Se vocêtem uma rede sem fio em sua casa, o que acontece se um desses nosficar insta¡vel?" disse Armani. "Como isso afeta todos os outros nosem sua casa? Eles ainda funcionam? Uma vez que entendemos um sistema biola³gico como o corpo humano, podemos prever melhor sua resposta - ou alterar sua resposta, como fazer medicamentos melhores para evitar comportamentos indesejáveis ."
"A principal coisa", disse Kapadia, Colleen e Roberto Padovani, Presidente de Carreira Inicial em Engenharia Elanãtrica e de Computação, "éque podemos usar isso tanto para interrogar quanto para manipular. E podemos fazer as duas coisas em resoluções muito altas - tanto espacial e temporalmenteâ€.
A chave para o novo dispositivo orga¢nico foi a capacidade de eliminar "crosstalk". Como fazer com que essas duas moléculas tão diferentes se unam e não interfiram uma na outra como dois sinais de ra¡dio embaralhados? No inacio, observa Armani, "não era totalmente a³bvio que isso seria possível". A solução? Separe ambos por uma longa cadeia alqualica, o que não afeta as habilidades fotofasicas de cada um.
Os pra³ximos passos para esta nova molanãcula multifuncional incluem testes em neura´nios e atébactanãrias. O cientista da USC Moh El-Naggar, um colaborador, demonstrou anteriormente a capacidade das comunidades microbianas de transferir elanãtrons entre células e em distâncias relativamente longas oscom enormes implicações para a colheita de biocombustaveis.