O núcleo ata´mico éum osso duro de roer. A forte interaça£o entre os pra³tons e os naªutrons que o compõem depende de muitas quantidades, e essaspartículas, conhecidas coletivamente como nucleons, estãosujeitas...

A instalação ISOLDE vista de cima. Crédito: CERN
O núcleo ata´mico éum osso duro de roer. A forte interação entre os pra³tons e os naªutrons que o compõem depende de muitas quantidades, e essaspartículas, conhecidas coletivamente como nucleons, estãosujeitas não apenas a forças de dois corpos, mas também de três corpos. Essas e outras caracteristicas tornam a modelagem tea³rica de núcleos ata´micos um empreendimento desafiador.
Nas últimas décadas, no entanto, ca¡lculos teóricos ab initio, que tentam descrever os núcleos a partir dos primeiros princapios, começam a mudar nossa compreensão dos núcleos. Esses ca¡lculos exigem menos suposições do que os modelos nucleares tradicionais e tem um poder preditivo mais forte. Dito isso, porque atéagora eles são podem ser usados ​​para prever as propriedades de núcleos atéuma certa massa atômica, eles nem sempre podem ser comparados com os chamados ca¡lculos DFT, que também são fundamentais e poderosos e existem hámais tempo. Tal comparação éessencial para construir um modelo nuclear que seja aplica¡vel em toda a linha.
Em um artigo publicado recentemente na Physical Review Letters , uma equipe internacional das instalações ISOLDE do CERN mostra como uma combinação única de dados experimentais de alta qualidade e vários ca¡lculos de física nuclear ab initio e DFT resultou em uma excelente concorda¢ncia entre os diferentes ca¡lculos, como bem como entre os dados e os ca¡lculos.
"Nosso estudo demonstra que a teoria nuclear de precisão dos primeiros princapios não émais um sonho", diz Stephan Malbrunot, do CERN, o primeiro autor do artigo. "Em nosso trabalho, os ca¡lculos concordam entre si, bem como com nossos dados ISOLDE sobre núcleos de naquel, dentro de uma pequena incerteza tea³rica."
Usando um conjunto de manãtodos experimentais no ISOLDE, incluindo uma técnica para detectar a luz emitida por a¡tomos de vida curta quando a luz do laser incide sobre eles, Malbrunot e colegas determinaram os raios (de carga) de uma sanãrie de núcleos de naquel de vida curta, que tem o mesmo número de pra³tons, 28, mas um número diferente de naªutrons. Esses 28 pra³tons preenchem uma camada completa dentro do núcleo, resultando em núcleos mais fortemente ligados e esta¡veis ​​do que seus vizinhos nucleares. Esses núcleos "ma¡gicos" são excelentes casos de teste para teorias nucleares e, em termos de raio, os núcleos de naquel são os últimos núcleos ma¡gicos inexplorados que tem uma massa dentro da regia£o de massa na qual os ca¡lculos ab initio e DFT podem ser feitos.
Comparando os dados de raios ISOLDE com três ca¡lculos ab initio e um ca¡lculo DFT, os pesquisadores descobriram que os ca¡lculos concordam com os dados, bem como entre si, dentro de uma incerteza tea³rica de uma parte em cem.
"Um acordo com essenívelde precisão demonstra que eventualmente serápossível construir um modelo aplica¡vel a todo o gra¡fico de núcleos", diz Malbrunot.