Tecnologia Científica

Tecnologia de sisma´metro testada em campo na Anta¡rtida antes de missaµes espaciais
Cientistas da Universidade de Oxford estãotestando sensores sa­smicos em campo nas condia§aµes adversas da Anta¡rtida para simular as luas geladas do sistema solar.
Por Oxford - 12/02/2022


Configurando o sensor na prateleira de gelo Brunt - Crédito: Thomas Barningham, British Antarctic Survey

A implantação na Anta¡rtica éa primeira no que se espera ser uma sanãrie de testes de ambiente extremo para o sensor de curto período (SP) osum sisma´metro que registra as ondas sa­smicas de alta frequência (alta frequência) geradas pelo movimento nas camadas de gelo.

Originalmente desenvolvido para a missão NASA Insight a Marte, o sensor sa­smico de curto período construa­do pelo Imperial College London estãosendo testado para ver como ele pode se comportar nas condições hostis das luas geladas do Sistema Solar.

Dr Ben Fernando, Departamento de Fa­sica da Universidade de Oxford (e co-lider do projeto), disse:

"Esta éuma oportunidade incrivelmente emocionante para testar os sisma³grafos em um dos ambientes mais extremos da Terra e uma oportunidade valiosa para explorar como eles podem se comportar em uma das luas geladas de Saturno ou Jaºpiter um dia."

O sensor sa­smico de curto período estãosendo calibrado usando uma rede de pequenos sensores instalados na plataforma de gelo ao redor da Estação de Pesquisa Halley VI da British Antarctic Survey (BAS).

A equipe de pesquisa já começou a coletar dados sobre vibrações sa­smicas registradas abaixo da plataforma de gelo Brunt como parte do teste de campo osfornecendo informações valiosas sobre a evolução das rachaduras na plataforma e as condições do oceano abaixo.

Tarje Nissen-Meyer, Professor Associado de Geofa­sica do Departamento de Ciências da Terra (e colider do projeto), disse:

"A instrumentação e os dados sa­smicos são extremamente sensa­veis a uma grande variedade de movimentos do solo e, portanto, podem ajudar no monitoramento da dina¢mica do gelo, que écrucial para asmudanças climáticas, em lugares tão vastos e remotos como a Anta¡rtida."

Se o sensor sa­smico de curto período puder suportar as condições polares duras e geladas do teste de campo, ele podera¡ um dia desempenhar um papel na busca de evidaªncias de vida primitiva nas luas geladas de Saturno e Jaºpiter. Espera-se que os registros sismola³gicos retornados por um sensor em uma das luas monitorem qualquer atividade vulcânica no fundo do oceano sob asuperfÍcie gelada e estudem a composição geola³gica da lua.

Sue Horne, chefe de exploração espacial da Agência Espacial do Reino Unido, disse:

“Este projeto ajudara¡ a preparar futuras missaµes para as luas de Saturno e Jaºpiter, usando instrumentos projetados inicialmente para Marte para monitorar a formação de rachaduras no gelo da Anta¡rtida. a‰ um excelente exemplo de como a tecnologia espacial estãotrazendo benefa­cios aqui na Terra.'

O projeto éuma colaboração com a British Antarctic Survey (BAS), que estãogerenciando os sensores implantados, a Agência Espacial do Reino Unido, que financiou o desenvolvimento do sensor sa­smico de curto período, e o fabricante de nossa­smicos STRYDE.

Espera-se que a primeira implantação na Anta¡rtica dure de duas a três semanas, antes de uma potencial implantação mais longa no pra³ximo ano.

 

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