Hubble captura maior imagem quase infravermelha para encontrar gala¡xias mais raras do universo
Chamada 3D-DASH, esta pesquisa de alta resolua§a£o permitira¡ que os pesquisadores encontrem objetos e alvos raros para observaa§aµes de acompanhamento com o recanãm-lana§ado Telescópio Espacial James Webb (JWST) durante sua missão de décadas.

Um pedaço de canãu retratado por 3D-DASH, mostrando os objetos mais brilhantes e raros do universo como gala¡xias monstros. Crédito: Gabe Brammer
Uma equipe internacional de cientistas divulgou hoje a maior imagem quase infravermelha já tirada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA, permitindo aos astrônomos mapear as regiaµes formadoras de estrelas do universo e aprender como as primeiras gala¡xias mais distantes se originaram. Chamada 3D-DASH, esta pesquisa de alta resolução permitira¡ que os pesquisadores encontrem objetos e alvos raros para observações de acompanhamento com o recanãm-lana§ado Telescópio Espacial James Webb (JWST) durante sua missão de décadas.
Uma pré-impressão do artigo a ser publicado no The Astrophysical Journal estãodisponavel no arXiv.
"Desde o seu lana§amento hámais de 30 anos, o Telescópio Espacial Hubble liderou um renascimento no estudo de como as gala¡xias mudaram nos últimos 10 bilhaµes de anos do universo", diz Lamiya Mowla, Bolsista dunlap do Instituto Dunlap de Astronomia & Astrofísica da Universidade de Toronto e principal autora do estudo. "O programa 3D-DASH estende o legado do Hubble em imagens de ampla área para que possamos comea§ar a desvendar os mistanãrios das gala¡xias além das nossas."
Pela primeira vez, o 3D-DASH fornece aos pesquisadores uma pesquisa completa quase infravermelha de todo o campo cosmos, um dos campos de dados mais ricos para estudos extragala¡cticos além da Via La¡ctea. Como o comprimento de onda mais longo e mais vermelho observado com o Hubble — pouco depois do que évisível para o olho humano — o infravermelho pra³ximo significa que os astrônomos são mais capazes de ver as gala¡xias mais antigas que estãomais distantes.
Os astrônomos também precisam procurar uma vasta área do canãu para encontrar objetos raros no universo. Atéagora, uma imagem tão grande são estava disponavel do solo e sofria de ma¡ resolução, o que limitava o que podia ser observado. O 3D-DASH ajudara¡ a identificar fena´menos aºnicos como as gala¡xias mais massivas do universo, buracos negros altamente ativos e gala¡xias a beira de colidir e se fundir em uma.
"Estou curioso sobre as gala¡xias monstros, que são as mais massivas do universo formadas pelas fusaµes de outras gala¡xias. Como suas estruturas cresceram e o que impulsionou asmudanças em sua forma?", diz Mowla, que começou a trabalhar no projeto em 2015 enquanto estudante de pós-graduação na Universidade de Yale. "Foi difacil estudar esses eventos extremamente raros usando imagens existentes, o que motivou o desenho desta grande pesquisa."
Para imaginar um pedaço tão expansivo do canãu, os pesquisadores empregaram uma nova técnica com o Hubble conhecido como Drift And SHift (DASH). O DASH cria uma imagem oito vezes maior que o campo de visão padrãodo Hubble capturando várias fotos que são então costuradas em um mosaico mestre, semelhante a tirar uma imagem panora¢mica em um smartphone.
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O DASH também tira imagens mais rápidas do que a técnica tapica, tirando oito fotos por a³rbita do Hubble em vez de uma imagem, alcana§ando em 250 horas o que anteriormente teria levado 2.000 horas.
Gala¡xias dos últimos 10 bilhaµes de anos testemunhadas no programa 3D-DASH,
criado usando imagens 3D-DASH/F160W e ACS-COSMOS/F814W.
Crédito: Lamiya Mowla
"O 3D-DASH adiciona uma nova camada de observações únicas no campo do COSMOS e também éum trampolim para as pesquisas espaciais da próxima década", diz Ivelina Momcheva, chefe de ciência de dados do Instituto Max Planck de Astronomia e principal pesquisadora do estudo. "Isso nos da¡ uma prévia de futuras descobertas cientaficas e nos permite desenvolver novas técnicas para analisar esses grandes conjuntos de dados."
3D-DASH cobre uma área total quase seis vezes maior que a lua no canãu, como visto da Terra. Este registro provavelmente permanecera¡ ininterrupto pelo sucessor do Hubble, JWST, que em vez disso éconstruado para imagens sensaveis e de close-up para capturar detalhes finos de uma pequena área. a‰ a maior imagem quase infravermelha do canãu disponavel para os astrônomos atéa próxima geração de telesca³pios lana§ados na próxima década, como o Telescópio Espacial Romano Nancy Grace e o Euclides.
Atéla¡, astrônomos profissionais e observadores de estrelas amadores podem explorar os canãus usando uma versão interativa e online da imagem 3D-DASH criada por Gabriel Brammer, professor do Cosmic Dawn Center no Instituto Niels Bohr, Universidade de Copenhague.
Painanãis de zoom no mapa de profundidade 3D-DASH revelam a riqueza de objetos
brilhantes que podem ser estudados. Crédito: Mowla et al. 2022
O Telescópio Espacial Hubble éum projeto de cooperação internacional entre a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA). O Goddard Space Flight Center da NASA gerencia o telesca³pio em Greenbelt, Maryland. O Space Telescope Science Institute (STScI) em Baltimore, Maryland, realiza operações cientaficas do Hubble. O STScI éoperado pela NASA pela Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia em Washington, D.C.
A imagem completa estãodisponavel no Mikulski Archive for Space Telescopes.